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Desde que o mundo é mundo, a humanidade vem trabalhando para as melhorias do jeito de viver. Após as revoluções industriais, marcadas pela inovação, com a aceleração dos processos produtivos, surgiram novas “necessidades” pessoais e corporativas. Conheça mais sobre esse universo e o papel da tecnologia nesse processo.

Imagine o ano de 1924, pós-guerra com muitas incertezas. As indústrias não podiam desperdiçar nada. Assim, surgiu no Japão, a primeira máquina de tear automática e até mesmo inteligente pois identificava quando um fio quebrava e a máquina parava.

Na década de 1930, a fábrica de tear de Kiichiro Toyoda, muda de ramo e passa a se chamar Toyota Motors. Agora o nome é familiar para você? Essa fase da filosofia lean é apenas uma que contribui em muito para o desenvolvimento econômico do mundo. Mas essa faz parte da segunda revolução industrial. A seguir você vai conhecer o resumo de todas as fases e saber o lugar da tecnologia nesse processo.  

Resumo das Fases Inovadoras na Indústria

A Primeira Revolução Industrial ocorreu entre 1760 e 1850, sendo restrita à Inglaterra. Destacou-se pelaorganização dos trabalhadores nas fábricas têxteis e pelo advento da maquinofatura, com o surgimento da máquina a vapor, dos teares mecânicos e da máquina de fiar. A principal indústria do período era a têxtil. A inovação aqui foi a capacidade de produção em série.

A Segunda Revolução Industrial aconteceu entre meados do século XIX e a primeira metade do século XX até o início da Segunda Guerra Mundial. Alguns países aderentes foram: Alemanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Japão e Estados Unidos e as características você verá a seguir.

O uso da energia, do aço e descobertas na área química foi o que marcou essa fase da indústria. Através da eletricidade, uso do petróleo e do aço, foi possível a criação de fábricas nas áreas metalúrgica, siderúrgica e automobilística, e aperfeiçoamento de outras, como a química.

Com os novos produtos surgiram as oportunidades de dominação econômicas. Veja alguns produtos que surgiram nessa fase: motor à combustão e elétrico; lâmpada incandescente; trens a vapor e grandes ferrovias; navios de aço; automóvel; telégrafo, telefone, televisão; dínamo elétrico; plásticos, lubrificantes, e outros produtos sintéticos derivados do petróleo; fertilizantes e adubos.

Com esse cenário, os países industrializados deram origem ao capitalismo financeiro e toda a dinâmica da vida dos cidadãos mudou. Houve um êxodo rural em busca de melhores oportunidades ao mesmo tempo que as descobertas química para a área do agronegócio permitiu maior produtividade. O mudo não esperava e assim não estava preparado para tantas mudanças.

A tecnologia estava presente em vários detalhes. Conheça alguns. Surgiram as linhas de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam as partes do produto a ser montado, de modo a dinamizar o processo.

A indústria automobilística Ford, implantada nos Estados Unidos, foi a primeira a recorrer às esteiras que levavam o chassi do carro a percorrer toda a fábrica. Os operários montavam os carros com as peças que chegavam em suas mãos em outra esteira. Esse método de racionalização de produção foi chamado de fordismo.

Os países que não adotaram as inovações industriais da época se tornaram dependentes dos países mais desenvolvidos, o que ocorre até o presente. Além desse aspecto, esse novo jeito de produzir, distribuir por parte da indústria e a variedade de produtos disponíveis no mercado, causaram mudanças econômicas, sociais e culturais.

A revolução técnico-cientifica, também chamada de terceira revolução industrial, teve início em meados do século XX e compreende o maior momento de avanços tecnológicos, que abrangeu muito mais que o sistema produtivo e também foi responsável por profundas transformações.

As invenções criadas nesse período modificaram o campo científico, transformando a medicina por meio da genética, com a criação de novos medicamentos, novas formas de prevenção, novos tratamentos e novos instrumentos utilizados em laboratórios. Computadores, softwares, internet, chips e outros produtos eletrônicos facilitaram a vida de milhares de pessoas e impulsionaram um grande desenvolvimento econômico. Chegou a globalização.

Veja a seguir algumas práticas e produtos criados durante a terceira revolução industrial: telefonia móvel, foguete de longo alcance, utilização da energia atômica, desenvolvimento da biotecnologia, criação de robôs usados nas indústrias. Ainda não termina por aqui. Veja onde estamos na linha das inovações no tempo na sequência do artigo.

A quarta revolução industrial ou indústria 4.0 começou em 2011 na qual a principal característica é a automatização total das fábricas por meio dos sistemas ciberfísicos, marcados pela introdução de nanotecnologia, neurotecnologia, inteligência artificial, robôs, impressão 3D, biotecnologia e outras tecnologias jamais vistas. Essa nova realidade já é, segundo o Fórum Econômico Mundial, vivenciada em países como a Noruega, Finlândia, Estados Unidos, Holanda, Israel e Cingapura.

Como você viu, não é apenas uma revolução industrial, mas está ligação a uma transformação digital. Já se fala da indústria 5.0 e uma nova terminologia para refletir e conceituar as inovações cientifico-tecnológicas que não param de surgir e impactar o mundo em que vivemos.

Você viu nesse artigo que as inovações ou “revoluções” podem ocorrer em virtude de necessidades ou problemas existentes em um processo fabril, como foi o caso da indústria têxtil de Kiichiro Toyoda, que mais tarde veio a ser a Toyota.

Como mostrado, um pequeno detalhe pode levar a um grande ganho ou evitar desperdícios. Não precisa ser uma grande indústria e esperar uma próxima revolução industrial. O mundo moderno oferece todos os recursos que uma pequena empresa precisa para ser produtiva, eficaz e competitiva. Você ainda tem dúvida que a tecnologia pode ajudar?