Quando se fala em migrar, na biologia, nos vêm à mente as aves que vão para o sul por vários fatores: temperatura, escassez de alimentos, enfim, partem de áreas com poucos recursos para áreas com mais recursos. Migrar, na linguagem de TI tem muito a ver com isso. Leia o artigo e descubra os esforços necessários para que o novo local seja realmente melhor e a empresa ganhe em escala.
Se se vamos falar de migração, então estamos falando que o destino é a nuvem, o lugar onde todos querem estar. Então vamos considerar o plano certo para a migração. Cloud não é novidade, mas empresas tateiam por vários motivos e entre eles a tecnologia, segurança, complexidade, soberania de dados, miopia gerencial: cargas de trabalho em datacenters on-premise.
Antes da tomada de decisão é necessário planejar. E para planejar é preciso pensar em cenário, objetivos, estrutura, objetivos e estratégias. Nesse artigo você terá algumas orientações sobre como proceder.
Passo a Passo para Migrar em Escala
Primeiro: avaliar: é preciso envolver toda a organização. O ideal seria fazer o mapeamento de todos os processos que se quer migrar. A área de TI rege, mas pessoas de outras áreas precisam participar da solução, contribuindo com relatos sobre seus processos de trabalho. A empresa analisa a infraestrutura existente, pessoas e outros ativos com relação ao seu portfólio de TI.
Os ativos de TI são comparados em termos de desempenho, disponibilidade e escalabilidade, para que uma análise do custo-benefício seja realizada focando a plataforma de nuvem de destino.
Um modelo de ROI e um documento de estratégia com cronogramas e táticas devem ser preparados.
Segundo: consolidar: Todos as possibilidades para a consolidação da infraestrutura e do orçamentos de TI devem ser explorados e implementados. Ilustrando, se uma empresa tem vários datacenters, pode considerar o descarte de alguns deles. A organização deve então consolidar os dados em um local central para atender aos requisitos de todos os usuários.
O datacenter central deve ter propriedades de nuvem, para que seja robusto o suficiente para atender a todos os dados de diferentes regiões.
Terceiro: virtualização: depois de consolidar os ativos de TI, é hora de considerar a virtualização da infraestrutura. Essa etapa ajudará a otimizar a infraestrutura já consolidada, já que inclui as configurações necessárias para não apenas a empresa funcionar como antes, mas para ser melhor. Lembra do exemplo das aves que migram para ficarem numa situação melhor?
Geralmente, o dimensionamento de hardware é feito com vistas ao pico de requisitos/uso desse hardware. É importante verificar até que ponto o hardware é subutilizado.
Não raro, durante a avaliação constata-se que apenas 10% do poder total de computação é utilizado, o que indica a necessidade de planejamento e o apego a ele. As coisas precisam acontecer. Os usuários precisam se comunicar e ajudar no processo da melhoria continua e da redução de custos.
Vale lembrar nessa etapa, o quesito internet. Não adiantaria migrar para a nuvem para obter mais segurança, por exemplo, se as atividades ficassem mais lentas, afinal, tempo é dinheiro. Uma internet rápida e links dedicados são pequenos detalhes no processo, que podem fazer muita diferença.
Consegue perceber que são vários fatores envolvidos? Por isso, se sua empresa vai inovar, pense na possibilidade de contar com uma consultoria.
Quarto: migração: nessa etapa vamos dividir em atividades.
Padronização de Aplicativos
Depois que a infraestrutura for virtualizada e o data center consolidado, considere a migração de aplicativos. Aqui eles são avaliados a partir de uma perspectiva funcional e não funcional. Depois são selecionados ou rejeitados, e por fim efetuando-se a migrando para a nuvem.
A padronização da arquitetura de aplicativos é um fator importante, pois será uma referência padrão, comparando-a com a atual e preenchendo a lacuna entre as duas.
As anomalias são eliminadas nesse estágio, modificando e adaptando os aplicativos conforme necessário, para adequar-se à arquitetura de nuvem de referência.
Desempenho da aplicação
Em uma plataforma de nuvem virtualizada, há certas qualidades esperadas dos aplicativos. Vamos supor que o aplicativo acesse um arquivo usando uma URL e caminho específicos.
A nuvem não tem localização padrão específica dos arquivos, porque se a máquina ficar inativa, o arquivo será perdido e o aplicativo também será desativado.
Em uma plataforma de nuvem, você não pode esperar que o aplicativo acesse o arquivo usando um caminho uniforme, quando o mesmo arquivo pode estar localizado em vários locais da nuvem.
Quinto: Automação: automatizar significa iniciar e controlar processos sem a intervenção manual. Ela é incorporada aos aplicativos e permite a autocorreção e o dimensionamento. Ilustrando: se a carga em um aplicativo aumentasse inesperadamente enquanto está em execução, um ambiente tradicional exigiria a aquisição de um novo servidor, a instalação do aplicativo e a conexão com a rede, para que a carga adicional fosse manipulada.
Já em uma configuração de nuvem, o aplicativo deve ter capacidade de dimensionamento automático para formar uma nova máquina virtual (VM), se instalar no ambiente virtual e começar a atender a nova solicitação.
A automação pode ajudar no gerenciamento e monitoramento. Quando uma máquina deixar de operar, por exemplo, é emitido um alerta automaticamente para o administrador.
Sexto: otimização:
A mudança para o ambiente nuvem é invariavelmente solicitada pelos benefícios potenciais de custo e desempenho. A fase final de otimização envolve o levantamento das métricas.
Após três meses de execução dos aplicativos na configuração da nuvem privada, observe as métricas (comparando-as com o cenário anterior) geradas e avalie se os destinos estão sendo atendidos. Com base nessa análise, pode ser que surjam oportunidades para melhorias no processo. Esse é o nível de maturidade mais alto da jornada da computação em nuvem. Aqui a empresa terá chegado na escalabilidade tão desejada!
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