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Eficiência no Varejo: Descubra as Estratégias de TI das Grandes Empresas que Inspiram as Pequenas

Talvez você se lembre de alguma vez que pediu um produto numa loja, o atendente pediu para aguardar e veio dizendo que não encontrou. Cenas assim refletem muitas vezes a falta de organização do varejo e as perdas resultantes disso. O atendente talvez tenha encontrado o produto depois que o cliente foi embora. Por incrível que pareça, existem empresas com sistemas de vendas de séculos atrás.

Nesse artigo você vai descobrir as estratégias que facilitam as compras e gestão de estoques baseadas no comportamento de consumo e uso de tecnologias específicas. Boa leitura.  

Estamos num período em que as pessoas querem o reencontro, querem presentear. O pós-Covid 19 e a aproximação do natal fez o comércio ter muita demanda. Os pedidos online também forçaram a empresas de comércio varejista a se adaptarem. Você observou notícias sobre os grandes magazines abrindo centros logísticos pelo país para reduzir os prazos de entregas. Mas o que há nos bastidores de toda essa operação. Vamos explorar duas ferramentas que comprovam a influência da tecnologia no varejo.

Antes falar das ferramentas, vale lembrar que a sociedade é imediatista porque a tecnologia trouxe essa possibilidade. Assim, as empresas podem e precisam encurtar os tempos trabalho e os tempos de suas entregas, começando pelo inicio da cadeia, lá na indústria, passando pelos canais até o consumidor final.

ECR

Resposta Eficiente ao Consumidor ou em inglês Efficient Consumer Response (ECR), consiste numa estratégia utilizada principalmente na indústria fornecedora para supermercados e varejo farmacêutico, na qual distribuidores e fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar maior valor ao consumidor final. Trata-se de um movimento voluntário, baseado na mudança e na melhoria continua, que afeta toda a cadeira produtiva e distribuição de produtos de grande consumo (ECR, 2002).

O ECR tem como objetivo estabelecer um fluxo consistente de informações e produtos que se incluem bidirecionalmente na cadeia logística de abastecimento, tendo em conta a manutenção do abastecimento do ponto de venda a custos baixos e em estoques adequados.

Ferramentas do ECR

  • Gerenciamento de categorias
  • Reposição continua
  • Custeio Baseado e Atividade
  • Benchmark
  • Pedidos acompanhados via computador

Mas para preparar a estrutura, é necessário investir na adaptação dos sistemas utilizados, através de aplicações de interface.  Também é necessária uma metodologia contábil e financeira pra medir os benefícios dessa práticas estratégica.

EDI

EDI que quer dizer intercâmbio eletrônico de dados, é a comunicação entre empresas de documentos de negócios em um formato padrão. A definição simples de EDI é um formato eletrônico padrão que substitui os documentos com base em papel, como ordens de compra ou faturas. Ao automatizar transações com base em papel, as organizações podem economizar tempo e eliminar erros dispendiosos causados pelo processamento manual.

Nas transações EDI, as informações se movem diretamente de um aplicativo de computador em uma organização para um aplicativo de computador em outra. Os padrões EDI definem a localização e a ordem de informações em um formato de documento. Com essa capacidade automatizada, os dados podem ser compartilhados rapidamente em vez de ao longo de horas, dias ou semanas que são necessários quando documentos de papel ou outros métodos são usados.

Hoje, os mercados utilizam a integração de EDI para compartilhar uma variedade de tipos de documentos, como ordens de compra, faturas, solicitações de cotações, requisições de empréstimo e muito mais. Na maioria dos casos, essas empresas são parceiras comerciais que trocam mercadorias e serviços frequentemente como parte de suas redes de cadeias de fornecimento e business-to-business (B2B).

Mas alguém talvez pergunte: por que são necessários os processos automatizados? Um dos motivos é a tempo de resposta. Os clientes têm pressa. O outro motivo tem a ver com a situação do mercado. Veja. Particularmente no varejo o ambiente de competitividade tem três distintos aspectos: horizontal, intertipos e vertical.

A competição horizontal é a que existe entre varejistas do mesmo ramo e também aquela que surge com a vinda de novas empresas de mesmo tipo que entram no mercado. Aqui predominam os objetivos de redução de custos e aumento da eficiência para se competir bem. As tecnologias de informação podem ser utilizadas para desenvolver estratégias baseadas em informações, criar sistemas de informação para obter vantagem competitiva e criar novas oportunidades de negócio.

A competição intertipos se dá entre diferentes tipos de varejo que atuam num mesmo mercado. Ela surge a partir do aparecimento de novas formas de varejo. Neste tipo de competição estão incluídos os varejistas entre os que se especializam na venda de determinado produto e os que têm uma vasta gama de produtos em estoque. Novas formas de varejo surgem explorando estilos de vida e preferências dos consumidores e adotam as novas tecnologias como centro de suas operações. Para fazer frente à tal competição os varejistas são impulsionados a adotar tecnologias decisivas para gerenciar a expansão e o direcionamento de seus produtos, baseando-se nas tendências, de modo a atingir eficientemente o público alvo. A mudança do perfil de quem compra no varejo, decorrente do aparecimento de famílias menores, de grande número de pessoas morando sozinhas, de uma maior participação da mulher no mercado de trabalho, provoca também uma segmentação do mercado.

Competição Vertical é o terceiro aspecto da competitividade, que surge da relação de poder de barganha dos fornecedores, distribuidores e pontos de venda (lojas). A adoção das tecnologias pode aumentar esse poder. Por exemplo, em relação aos consumidores, pode utilizar-se da estratégia de propaganda dirigida, possível quando se tem informações acumuladas sobre eles e as técnicas de ECR. Quanto aos fornecedores, introduzindo relações comerciais eletrônicas, como por exemplo os sistemas EDI, o que agiliza suas compras, economizando em tempo e estoque.

Independente do tipo de competição em que a empresa esteja inserida, ela precisa sempre recorrer a pesquisas para a tomada de decisão. Dependendo do porte, contratam empresas especializadas. Outras possuem estrutura para analisar os seus bancos de dados. Esses são exemplos. Veja a importância da análise de dados dos seus clientes através do exemplo da Amazon no link a seguir:  clique aqui.

Para uma empresa de pequeno porte, saber das informações acima, se torna muito relevante, uma vez que pode se unir a outras empresas menores, através de associações comerciais a fim de fazer compras coletivas ou adquirir sistemas de gestão. E como você viu, usar a tecnologia pode encurtar caminhos entre uma empresa e o cliente. Em alguns casos, apenas realizar uma pequena aplicação de interface dos seus processos tecnológicos implica em redução de custos e maior eficiência. Não deu para se preparar para esse ano?

REFERÊNCIAS:

HERMAN, G., 1994, Informatio Technology in Retail – Globalisation and Customer Focus. Financia1 Times Mangement Reports, London, GB.

Referência Eletrônica:

https://www.ibm.com/br-pt/topics/edi-electronic-data-interchange

https://pt.wikipedia.org/wiki/Resposta_eficiente_ao_consumidor