You are currently viewing A TECNOLOGIA ABRE CAMINHO PARA FÁBRICAS INTELIGENTES E MAIS ECONÔMICAS

A TECNOLOGIA ABRE CAMINHO PARA FÁBRICAS INTELIGENTES E MAIS ECONÔMICAS

A década de 2020 a 2030 está sendo marcada por fatos históricos, tanto bons como ruins. Nosso foco é a tecnologia, assim, vale destacar como ela tem colaborado para o desenvolvimento da Indústria, do mercado e das relações de trabalho. Nesse artigo você vai conhecer a evolução, as tecnologias mais utilizadas e os impactos econômicos, mercadológicos e sociais desse avanço e exemplos de indústrias que são modelos de inovação.

Recentemente você tem visto notícias sobre metaverso, 5G, marketing 4.0, indústria 4.0 e outros avanços tecnológicos que vão beneficiar a sociedade. Tudo num curto período de tempo. Nesse artigo vamos destacar a indústria 4.0 que, apesar de os avanços não terem sido tão rápidos nas “revoluções” anteriores, com o advento da internet, foi possibilitado que o tempo entre pesquisa, descoberta e oferta ao mercado fosse infinitamente reduzido. Acompanhe.

A revolução na indústria, que estamos presenciando, é tão importante que o termo indústria 4.0, é uma referências às revoluções anteriores, que foram três, e que influenciaram o setor. Vamos a um resumo para contextualizar.

Primeira Revolução Industrial

Aconteceu entre o final dos séculos XVII e XVIII. Nesse período, a manufatura evoluiu do trabalho manual realizado por pessoas e auxiliado por animais para um modo mais otimizado de trabalho realizado de uso de motores a água e a vapor e outros tipos de máquinas-ferramentas. Essa revolução foi principalmente sentida na indústria têxtil da Inglaterra.

Segunda Revolução Industrial

Já no início do século 20, com a introdução do aço, o mundo entrou em uma Segunda Revolução Industrial, apropriando-se do uso da eletricidade, que permitiu que as fábricas aumentassem a eficiência assim como a mobilidade aos maquinários. Nesse período adotam-se os conceitos de produção em massa como forma de aumentar a produtividade. Como exemplo, temos a indústria automobilística Ford nos Estados Unidos e a temática bem conhecida no meio acadêmico como fordismo.

Terceira Revolução Industrial

Essa fase tem início lento e na medida em que os fabricantes incorporam tecnologias em suas fábricas. O pós guerra afetou sobremaneira esse fenômeno, pela necessidade de produção e ao mesmo tempo a falta de mão-de-obra. Nesse momento, deu-se menos ênfase na tecnologia analógica e mecânica e mais destaque na tecnologia digital e nos softwares de automação, proporcionando que pessoas e máquinas dividissem processos locais de trabalho.

Com esse contexto em mente, estamos vamos falar sobre essa nova realidade que a indústria 4.0 nos proporciona?

Indústria 4.0: o futuro chegou

Quando os computadores foram incorporados a indústria foi inovador, mas agora eles têm autonomia para, entre outras coisas, tomar decisões sem o envolvimento humanoÉ o futuro aqui e agora! Como resultado do suporte de máquinas inteligentes, que aprendem com as informações que recebem (veja IA), as fábricas se tornarão cada vez mais eficientes, produtivas e, consequentemente, menos propensas ao desperdício.  Em linhas bem pontuais, podemos entender a indústria 4.0 como um novo paradigma de produção desenvolvido nas empresas.

É o resultado da quarta revolução industrial, a qual trouxe como marca um significativo avanço na relação entre homem e máquina.

Sua origem real data do início da década de 2010, com a primeira menção em um documento do governo alemão.

Uma rede conectada digitalmente permite o compartilhamento de informações, que é o grande poder competitivo. A Indústria 4.0 dá ênfase na tecnologia digital das últimas décadas para um nível totalmente novo com a ajuda da interconectividade por meio da Internet das Coisas (IoT), acesso a dados em tempo real e a introdução de sistemas ciber-físicos.Com as informações disponíveis, fica mais fácil a gestão e o controle das operações.

Entre as principais tecnologias que a Indústria 4.0 agrega estão:

  • IoT: Internet das Coisas, que se refere a conexões entre objetos físicos como sensores ou máquinas e a Internet.
  • IIoT: Internet das Coisas Industrial, conexões entre pessoas, dados e máquinas relacionadas à fabricação.
  • Big data: grandes conjuntos de dados estruturados ou não estruturados que podem ser compilados, armazenados, organizados e analisados para revelar padrões, tendências, associações e oportunidades.
  • Inteligência artificial (IA): capacidade de um computador de executar tarefas e tomar decisões que historicamente exigiriam algum nível de inteligência humana.
  • M2M (machine to machine): comunicação que ocorre entre duas máquinas separadas por meio de redes sem fio ou com fio.
  • Digitalização: processo de coleta e conversão de diferentes tipos de informações em formato digital.
  • Machine Learning (aprendizado de máquina): capacidade que os computadores têm de aprender e melhorar por conta própria por meio da inteligência artificial, sem serem explicitamente instruídos ou programados para isso.
  • Computação em nuvem: prática de usar servidores remotos interconectados hospedados na Internet para armazenar, gerenciar e processar informações.
  • Processamento de dados em tempo real: habilidades de sistemas e máquinas de computador para processar dados de forma contínua e automática e fornecer saídas e insights em tempo real ou muito próximo.
  • Sistemas ciberfísicos (CPS): ambiente de fabricação habilitado para Indústria 4.0 que oferece coleta, análise e transparência de dados em tempo real em todos os aspectos de uma operação de fabricação.

Agora, faltam exemplos para fechar o ciclo de como essa indústria funciona na prática. Você vai saber quais são as indústrias mais modernas do mundo.

Essas indústrias se baseiam numa alta eficiência tecnológica, sustentada por três pilares: utilização de computadores, digitalização de informações e desenvolvimento de estratégias de inovação. Elas têm em comum as seguintes práticas.

Robotização do chão de fábrica

A robotização do chão de fábrica é do que uma expansão do uso de computadores nas indústrias, com maior influência nos processos de produção e facilitando a gestão da fábrica que antes usava a tecnologia apenas nos processos gerenciais.  

Na Alemanha, por exemplo, a utilização de robôs em fábricas automotivas é intensiva. E países como China e Coreia do Sul investem cada vez mais na implementação de robótica. Em média, para cada dez mil trabalhadores, na China e Coreia do Sul, noventa e sete são robôs.

Informação digital

O outro pilar de sustentação da indústria 4.0 é a utilização de informação digital, que podemos traduzir, basicamente, como uma maior utilização de softwares nas áreas de gestão, nas etapas de produção, ou seja, nos períodos de pré e pós-produção.

Com a maior utilização de softwares, que converge com a expansão da robótica, há maior integração dos processos e, além disso, maior agilidade para os diferentes setores de uma indústria. Outro benefício é uma diminuição considerável do tempo de desenvolvimento de um produto, já que todos os processos de sua feitura, desde a escolha da matéria-prima até o escoamento, são integrados.

Onde estão essas industrias?

Na Europa

Nos países europeus, a quarta fase da revolução industrial já é uma realidade. Na Alemanha, onde o processo começou, empresas como a BMW já investem em uma completa robotização, além de um uso extensivo de softwares que auxiliam toda a cadeia produtiva.

Na Itália, a Bayer, do setor farmacêutico, tem investido em análise de dados, o que lhe permitiu reduzir os custos com processos operacionais e também de manutenção. 

Na China

Na China, um dos grandes polos da indústria 4.0 fora da Europa, a robotização do chão de fábrica já é uma realidade. Recentemente, inclusive, a China anunciou que uma de suas fábricas, totalmente robotizada, vai iniciar a produção de robôs.

A utilização da tecnologia 3D e da Internet das Coisas (IoT) também é uma realidade na economia chinesa. A Siemens, por exemplo, tem utilizado, em seus processos produtivos, essas inovações, reduzindo o tempo de produção.

No Brasil

É preciso fazer um esforço para encontrar indústrias modelo no Brasil  , por exemplo, são poucas as empresas que investem com mais ênfase nas tecnologias.

Poderíamos citar, no entanto, a Embraer que tem utilizado tecnologia 3D e informação digital para a produção de seus aviões. Isso permite que a empresa aplique testes prévios, corrigindo falhas de forma preventiva.

Outro exemplo é a Votorantim Cimentos. A empresa tem experimentado algumas soluções, principalmente, ligadas ao uso de Inteligência Artificial (IA). Alguns destes projetos que estão rodando são: o Spectrum e o BrainCube. O Spectrum é um projeto de inteligência artificial aplicada a análise preditiva e manutenção. Ele é um digital twin, é um gêmeo, que faz uma cópia das máquinas físicas para fazer análises preventivas.

O BrainCube funciona na análise dos processos para tomar as melhores decisões e seu piloto está sendo realizado em Curitiba.

A área de expedição e logística da fábrica de Rio Branco do Sul, PR, adotou a  robotização no ensacamento e paletização dos produtos. Além disso, essa área conta também com o aplicativo do motorista: uma tecnologia aplicada na gestão dos motoristas terceiros que buscam as cargas na fábrica para a realização de entregas. É por meio deste app que os motoristas cadastrados na Votorantim Cimentos são acionados quando existe carga com características que estejam de acordo com seu perfil. Após receber essa sinalização, eles podem ir ao pátio da fábrica e passam por um totem de autoatendimento, recebendo o número de uma senha para aguardar o momento em que podem fazer o carregamento.

PILARES DA INDÚSTRIA 4.0

 

 

  • Operações autônomas:
    sensores inteligentes e operação robótica autônoma;
  • Força de trabalho conectada:
    treinamentos, trabalhador conectado, centro de operações remota;
  • Ferramentas analíticas:
    simulações, analítica avançada e inteligência artificial;
  • Integração de sistemas:
    segurança de ativos, convergência TI/TA e integração da cadeia de suprimentos.

A MR Soluções faz toda a gestão da TI desde pequenas empresas até projetos ad hoc. Veja aqui no site, os vários segmentos industriais que atendemos.